Mais de 30 sindicatos empresariais filiados à Fecomércio-RS participaram da última edição do Fórum Regional Nordeste na tarde desta terça-feira, dia 14. O presidente da Federação, Luiz Carlos Bohn, abriu o evento reforçando o posicionamento da entidade sobre a necessidade de abrir as portas do comércio gaúcho seja na bandeira que for.
Bohn relatou sobre a reunião com a secretária de Saúde e coordenadora do Comitê de Dados, Leany Lemos, sobre a revisão nos protocolos de abertura das empresas em regiões nas bandeiras vermelha e preta. A Fecomércio-RS vem insistindo na necessidade dessa revisão e se colocou à disposição do governo estadual para contribuir com qualquer medida que tenha como objetivo permitir a abertura segura do comércio de bens e serviços. O governo se mostrou disposto a discutir e revisar os protocolos para estas duas bandeiras, mediante a inclusão de alguma medida relacionada à testagem pelas empresas. No entanto, Bohn afirmou que os protocolos de testagem devem ser avaliados com cautela e inteligência, visto que eles teriam um custo extremamente alto para uma efetividade muito baixa em termos de liberação de pessoas imunizadas.
Assessorias trouxeram alguns números da pandemia e ações da Federação para auxiliar o setor
A assessora do Núcleo Jurídico Tributário da entidade, Catiuce Lopes, falou sobre a 10ª rodada do Plano de Distanciamento Controlado do RS. Nesta semana, cerca de dez regiões estão enquadradas na bandeira vermelha, contabilizando 286 municípios. Catiuce explicou que os municípios têm competência para restringir mais as regras do Plano ou flexibilizar algumas, com base em análises das prefeituras. A assessora lembrou que a Federação está trabalhando por essa flexibilização para o comércio e se coloca inteiramente à disposição dos sindicatos para negociar com as prefeituras essas facilitações.
Catiuce também falou sobre a liberação das vendas pelos sistemas de pegue-e-leve, tele-entrega e drive-thru para as regiões que estão na bandeira vermelha, com a disponibilidade de 25% dos funcionários para manter as operações. A decisão foi divulgada pelo Governo do Estado nesta segunda-feira, dia 13, após pedidos da Fecomércio-RS para a revisão dos protocolos relativos ao funcionamento do comércio na pandemia.
A Fecomércio-RS tem reunido, em um único site, decretos municipais e estaduais em vigor que estipulam condições especiais para o funcionamento do comércio de bens e serviços. Catiuce explicou como funciona a página, atualizada diariamente, que traz as principais determinações, liberações e proibições de cada cidade. A ideia é facilitar a tomada de decisões e dar subsídios para que os empresários possam abrir seus negócios respeitando as recomendações oficiais para cada localidade e seguindo os protocolos de saúde. Para consultar, acesse https://hotsites.fecomercio-rs.org.br/decretos.
A economista-chefe da Fecomércio-RS, Patrícia Palermo, falou sobre a evolução das vendas do varejo por Corede (Conselho Regional de Desenvolvimento). Segundo a economista, a Região das Hortênsias foi a que mais perdeu desde o início da pandemia, com uma queda de 29% nas vendas. Ela credita à movimentação do turismo, setor que foi o primeiro a sofrer com as medidas de distanciamento social e, segunda ela, deve ser um dos últimos a retornar à normalidade. Outras regiões presentes no Fórum com dados alarmantes de queda nas vendas, são a Metropolitana Delta do Jacuí (-17%) e Serra (-11%).
Os sindicatos da região atendida no Fórum também fizeram um relato sobre como cada município vem se articulando em meio à crise econômica trazida pela pandemia da Covid-19. Se manifestaram os presidentes do Sindilojas Alto Uruguai Gaúcho, José Gelso Miola, do Sindiagro, Roges Pagnussat, do Sindilojas Regional Bento, Daniel Amadio, do Sindigêneros Caxias do Sul, Eduardo Slomp, do Sindilojas Região das Hortênsias, Guido Thiele, Sindiatacadista de Produtos Químicos, Denis Pizzato, e Sindiatacadista de Louças, Tintas e Ferragens, Leonardo Ely Schreiner.