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Em formato online, Fecomércio-RS realiza tradicional Fórum Regional com sindicatos do noroeste do Estado

23 de junho de 2020

Grupo se reuniu virtualmente

A Fecomércio-RS realizou nesta terça-feira, dia 23, seu tradicional Fórum Regional. Desta vez, o evento aconteceu de forma online devido às medidas de distanciamento social por causa da pandemia de Covid-19. Onze sindicatos da Região Noroeste trouxeram para a discussão assuntos que estão em pauta em cada município.

O presidente da Fecomércio-RS, Luiz Carlos Bohn, fez a abertura do evento frisando os imensos prejuízos econômicos e sociais que estão sendo trazidos pela pandemia. Segundo ele, desde o início da quarentena, 450 mil pessoas estão com contratos suspensos ou reduzidos no estado. “Essas pessoas em contrato suspenso também estão ameaçadas de perderem seus empregos conforme esses mecanismos forem se esgotando. As regras trabalhistas no Brasil não são compatíveis com esse abre e fecha de empresas que o governo propõe”, defendeu Bohn.

Outra defesa feita pelo presidente da Federação é que o comércio aberto não é o motivo do aumento no número de casos e mortes em função da doença. “O número total de casos em acompanhamento no RS diminuiu pela metade nas últimas três semanas. Ou seja, existem menos pessoas se contaminando do que pessoas se curando”, disse Bohn reforçando que o período em que o comércio esteve aberto não provocou agravamento generalizado da pandemia por causa de todos os cuidados que foram tomados pelos empresários em seus negócios. “Estamos incansáveis na defesa de quem empreende, estamos ao lado de quem segura o emprego e a renda”, finalizou o presidente.

Na sequência, a economista-chefe da Fecomércio-RS, Patrícia Palermo, falou sobre a evolução das vendas diárias do varejo e trouxe uma boa notícia: nos últimos 28 dias, as áreas de maior perda no varejo não estão inseridas na Região Noroeste. Mesmo que irrisório, o aumento nas vendas da região é positivo e pode estar sendo puxado pelo varejo de alimentos e de medicamentos, segundo a economista.

O Rio Grande do Sul destruiu cerca de 89 mil postos de trabalho nos meses de maio e abril, conforme dados do Caged. Destes, 4.104 foram na Região Noroeste. Segundo a economista, maio ainda deve registrar muitas demissões devido à segunda onda decorrente da incapacidade de empresas manterem empregos depois do período de suspensão de contratos. “Atrás desses números existem famílias que deixarão de consumir. Não são funcionários a menos no mercado, mas sim, consumidores”, atentou Patrícia.

A Fecomércio-RS tem reunido, em um único site, decretos municipais e estaduais em vigor que estipulam condições especiais para o funcionamento do comércio de bens e serviços. A gerente da Assessoria Tributária, Tatiane Correa, explicou como funciona a página, atualizada diariamente e que traz as principais determinações, liberações e proibições de cada cidade. A ideia é facilitar a tomada de decisões e dar subsídios para que os empresários possam abrir seus negócios respeitando as recomendações oficiais para cada localidade e seguindo os protocolos de saúde. Para consultar, acesse fecomercio-rs.org.br/decretos.

Sindicatos da região relatam como está sendo o enfrentamento da pandemia

As pautas regionais não fugiram o assunto do novo coronavírus. Os sindicatos empresariais filiados à Fecomércio-RS fizeram um relato sobre como está sendo o enfrentamento da pandemia em seus municípios.

O presidente do Sindilojas Fronteira Noroeste, Leonides Freddi, explicou que o sindicato vem trabalhando ativamente junto ao poder público municipal contra o fechamento do comércio de Santa Rosa, desde o início da quarentena. Para isso, foi montado um Comitê de Gestão de Crise composto pelo poder público municipal e entidades de classe. Na cidade de São Borja não foi diferente. Segundo o presidente do Sindilojas, Ibrahim Mahmud, após o decreto municipal ordenar o fechamento do comércio em março, o sindicato tem brigado para que, ao menos, as vendas por tele-entrega e pegue e leve continuem acontecendo independente da cor da bandeira.

O presidente do Sindilojas Frederico Westphalen, Jamel Younes, se disse preocupado com a situação do município. Ele explicou que o fechamento, sem data para retorno, dos frigoríficos e das universidades, responsáveis diretos pela economia do município, deixará a cidade em colapso no pós-pandemia. A presidente do Sindilojas Palmeira das Missões, Gilda Zandoná, comemorou o retorno do município para a bandeira laranja logo depois de ser categorizado como bandeira vermelha na semana passada. Segundo ela, dados como o número de leitos disponíveis na cidade não estavam sendo repassados de forma correta para o Governo do Estado, o que motivou a determinação.

Presidente Bohn fez a condução do evento