A pesquisa revelou as principais características do segmento no Rio Grande do Sul e ainda avaliou a situação corrente
Em 17 de agosto a Fecomércio-RS lançou a Sondagem do Segmento de Meios de Hospedagem. A pesquisa, que contou com 385 estabelecimentos no RS, foi realizada entre os dias 24/06 e 15/07. Visando traçar um perfil para o segmento, a pesquisa trouxe algumas informações que indicam as principais características desse segmento. Conforme os respondentes, o maior nível de ocupação desses estabelecimentos se dá em dias de semana (65,7%), sendo que a maioria dos hóspedes são do próprio Estado (61,4%), com 29,0% sendo oriundos de outros entes da federação e 9,6% de outros países.
Conforme os resultados da sondagem, apesar do movimento do segmento vir tanto do Turismo de Negócios quanto do Turismo de Lazer – com os motivos de viagem mais apontados sendo associadas a prestação de serviços/visitas técnicas (63,4%), a viagens em função de atrativos turísticos locais (55,8%) e a eventos empresariais de treinamento/convenção (40,0%) – fica clara a importância destacada do Turismo de Negócios, indicada por 58,2% dos entrevistados como principal tipo de viagem. Nesse sentido, também tem destaque que mais da metade dos entrevistados (55,1%) indicaram não haver sazonalidade no movimento do seu negócio; para os demais 44,9%, os meses de destaque correspondem ao período de férias de verão (dezembro, janeiro e fevereiro).
Sobre a situação do segmento passados mais de dois anos do começo da crise da Covid-19, a avaliação das perdas por parte dos empresários deixa evidente o tamanho do impacto sentido pelo setor até agora: apesar de em 40,8% dos casos as receitas de 2021 terem sido semelhantes ao do período pré-pandemia (2019), para 46,4% a receita média de 2021 ainda foi inferior e em apenas 13,0% da amostra se verificou resultados melhores. Quanto ao emprego, o impacto da crise também fica claro, com 59,5% dos entrevistados tendo referido alteração na força de trabalho; entre esses, 36,7% referem ainda estar com a equipe menor que no pré-pandemia, 46,3% estão com montante semelhante e 17,0% com nível superior.
Apesar do caminho da recuperação ser longo, os dados da sondagem mostram que a recuperação está em curso, predominando avalições positivas das vendas do primeiro semestre de 2022, conforme apontaram 75,3% dos entrevistados. As expectativas positivas também prevalecem, seja a respeito da melhora esperada para as vendas nos próximos 6 meses, de acordo com 73,8% dos entrevistados, seja em relação ao espaço para aumentar a força de trabalho, situação apontada em 37,1% dos casos.
“Com a reabertura da economia pelo controle da pandemia, o setor segue trilhando o caminho da recuperação, de forma que mesmo diante de em um cenário macroeconômico desafiador com inflação e juros elevados, o movimento segue melhorando diante de uma demanda que por muito tempo ficou reprimida”, comentou o presidente da Federação, Luiz Carlos Bohn.