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Região centro-oeste do Estado recebe mais uma edição do Fórum Regional da Fecomércio-RS

18 de agosto de 2021

Divulgação Fecomércio-RS

Encontro aconteceu na última terça-feira, 17 de agosto, e destacou os impactos da pandemia no setor terciário

O Sistema Fecomércio-RS realizou, ontem (17/8), em Alegrete, mais uma edição do tradicional Fórum Regional. O encontro reuniu representantes dos sindicatos da região centro-oeste do Estado, Sindicatos de base Estadual e autoridades locais. Conduzido pelo presidente da Fecomércio-RS/Sesc/Senac, Luiz Carlos Bohn, e pelo presidente do Sindilojas Alegrete, Roberto Segabinazzi, o encontro abordou diversos temas do setor terciário, além de apresentar as ações e serviços da Federação. O prefeito de Alegrete, Márcio Fonseca do Amaral, esteve presente e destacou a importância de inciativas como o Fórum para a troca de ideias e discussão de assuntos importantes para os negócios da região.

Na abertura do evento, o presidente Bohn falou sobre os dados e informações que a Federação apura mas, também, enfatizou a importância de ouvir os empresários e representantes dos sindicatos. “Nada melhor do que poder vir até a base, ouvir, aquele encontro olho no olho. Precisamos retomar as atividades, mas com cuidado”, defendeu. Já o presidente Segabinazzi agradeceu o apoio da Federação e enfatizou as ações realizadas em prol da categoria e da região. “Acreditamos muito na nossa força e no potencial e ter a Fecomércio-RS ao nosso lado, lutando pela nossa categoria, é fundamental”.

Dando seguimento, o gerente do Núcleo de Negócios, Leonardo de Paula, apresentou os novos produtos e serviços do Sistema Fecomércio-RS/Sesc/Senac para ampliar as parcerias e gerar receita recorrente para os sindicatos. Entre as novas parcerias estão a Icatu Seguros, a VT Soluções e a Green Card. Além disso, o gerente também destacou o apoio da instituição para treinamentos com as equipes comerciais.

Após a apresentação dos produtos, o gerente da assessoria parlamentar da entidade, Lucas Schifino, mostrou a nova plataforma digital para o acompanhamento legislativo da Fecomércio-RS. A previsão de lançamento é para 2022 e irá substituir a atual Agenda Legislativa. “Um dos objetivos do projeto é apresentar o que a Federação faz pelo segmento perante o poder público. Atualmente acompanhamos cerca de 270 projetos, em todas as esferas, que afetam o setor terciário e sentimos a necessidade de desenvolver uma plataforma mais amigável. Há uma tendência de digitalização dos serviços que consumimos e essa iniciativa vem ao encontro disso”, explica Schifino. O projeto permitirá um melhor mapeamento do interesse dos empresários, fazendo com que o trabalho ganhe mais força. “É uma plataforma viva, sempre em evolução. É uma forma ainda mais efetiva de mostrar o nosso trabalho”, falou o presidente Bohn.

Representando o Núcleo Jurídico da Federação, Catiuce Lopes, apresentou os impactos da informalidade e da chamada economia subterrânea, trazendo dados estaduais de ações de contrabando, descaminho e pirataria. De acordo com os dados apresentados, em 2020, cerca de R$ 1,273 trilhão foi a somatória dos valores da economia subterrânea no Brasil, ou seja, as atividades de bens e serviços não declarados ao governo. A quantia representa cerca de 17,1% do PIB. Na região centro-oeste do Estado, acredita-se que a economia subterrânea tenha movimentado R$ 3,91 bilhões no último ano, analisando as cidades de Alegrete, Quaraí, Santa Maria, Santana do Livramento, Santiago, São Borja, São Francisco de Assis, São Gabriel e Uruguaiana. O cenário reflete na arrecadação tributária que teve uma perda de R$ 6,33 bilhões no Estado. Para Catiuce, a economia subterrânea traz sérias consequências como danos à saúde, afeta o mercado de trabalho, compromete a arrecadação tributária, desequilibra o mercado, além de prejudicar o comércio e a indústria. “Nesse contexto, as ações realizadas pela Fecomércio-RS são de extrema relevância e o apoio e protagonismo dos sindicatos é essencial”, finaliza. 

A economista-chefe da Fecomércio-RS, Patrícia Palermo, analisou o último ano, destacando que a característica mais marcante da crise foi a heterogeneidade. “Estivemos na mesma tempestade, mas em barcos diferentes. As cidades, assim como os setores, foram impactadas de formas distintas”. Para ilustrar o cenário, Patrícia trouxe dados como a evolução das vendas, separado por setor e fazendo uma comparação deste ano com o ano anterior, além de apresentar dados do impacto da crise no emprego formal. O ponto comum é que todas as regiões estão melhores quando comparadas ao mesmo período do ano passado. “Estamos em um processo de recuperação, isso é indiscutível. O cenário é animador, mas precisamos festejar com cautela. Estimular a vacinação aumenta a confiança, a circulação, o consumo, movimenta e faz a economia girar”, explica. Para finalizar, Patrícia destacou uma importante mudança de paradigma. “ A pandemia mudou a forma de consumo. O empresário precisa agregar algo diferente para continuar inserido no mercado. Agora, o lugar mais legal para se estar no mundo é, também, a internet”, finaliza.

O Fórum Regional também ouviu algumas demandas dos representantes dos sindicatos regionais que serão analisadas pelas comissões e conselhos da Fecomércio-RS. A próxima edição acontece dia 14 de setembro, na cidade de Erechim.