A sondagem, realizada anualmente pela Fecomércio-RS, também mostrou 51% reduziram salários e jornada de trabalho
A Fecomércio-RS lançou no dia 31 de agosto mais uma edição da sua Sondagem de Segmentos. Nessa edição, o segmento pesquisado foi o de Salões de Beleza. A amostra contou com 385 estabelecimentos em todo o Rio Grande do Sul e foi realizada entre os dias 31 de julho e 12 de agosto de 2020.
A intenção da sondagem é entender como o setor se estrutura, a fim de promover iniciativas que favoreçam a gestão profissional desses negócios, bem como analisar aspectos conjunturais. Entre os pesquisados, 46% dos entrevistados afirmaram que o negócio tinha mais de 10 anos e 84,4% tinham de uma a cinco pessoas trabalhando no estabelecimento. Em virtude da pandemia, a Sondagem de Salões, que é feita anualmente, contou com um bloco de perguntas relacionadas à crise e seus impactos no segmento.
Quando perguntados sobre as perdas de receitas em relação ao mesmo período do ano passado, desde que se instalou a pandemia do coronavírus no país, 35,1% afirmaram que as perdas foram entre 25% e 50% e 40% dos respondentes afirmaram que as perdas superaram 50%. Entre os entrevistados, 56,4% implementaram alguma medida para diminuir ou evitar a queda de suas vendas nesse período. A pesquisa também abordou como os empreendimentos estão se financiando nesse período. Entre as empresas pesquisadas, 44,4% disseram que estão se autofinanciando, 55,1% estão utilizando capital próprio e 8,3% tomaram empréstimos.
Entre os estabelecimentos pesquisados, 36,6% promoveram alterações na sua força de trabalho sendo que, entre estes, 18,4% promoveram demissões, 51,1% utilizaram-se de redução de jornada com redução de salários, 18,4% suspenderam contratos e apenas 7,1% reduziram a jornada de trabalho. “Todas as sondagens que fizemos desde o início da pandemia traduzem em números uma percepção que já é consenso: a economia foi fortemente impactada pelas medidas de distanciamento social e, dado o tamanho das perdas, a recuperação vai ser um processo longo e desafiador”, concluiu Luiz Carlos Bohn, presidente da Fecomércio-RS.