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Mais de 60% dos minimercados considerou o desempenho das vendas regular ou ruim nos últimos seis meses

4 de novembro de 2019

Crédito: iStock

Pesquisa da Fecomércio-RS aponta que apesar do desempenho recente, a maioria se mostra otimista para o futuro próximo

A crise que o país vivencia continua liderando a avaliação dos minimercadistas gaúchos como o principal empecilho do crescimento das vendas no seu negócio, em que 63,9% dos entrevistados classificou as vendas nos últimos seis meses como regulares ou ruins. No entanto, o otimismo é uma condição presente na maioria que espera que as vendas melhorem um pouco (55,6%) ou muito (19,0%) nos próximos seis meses. Estes e outros dados estão na pesquisa “Sondagem de Segmentos – Minimercados” que consultou 385 estabelecimentos optantes do Simples Nacional entre os dias 7 e 22 de outubro. Na amostra, 67,3% dos estabelecimentos entrevistados apresentavam mais de 10 anos de funcionamento e 53,2% apresentavam cinco trabalhadores ou menos. A Sondagem está sendo divulgada nesta segunda-feira (04/11) pode ser acessada aqui.

Em busca de melhorar os resultados, 54,8% dos estabelecimentos investem em ações de forma contínua para promover a venda de produtos específicos. “O minimercadista promove os seus produtos especialmente para quem entra no estabelecimento comercial através de cartazes. Há ainda uma dificuldade grande de se relacionar com quem está do lado de fora. No passado, o gasto com marketing era restrito a grandes empresas. As redes sociais vieram popularizar a publicidade, com possibilidade de bons retornos às custas de baixo investimento desde que feito de forma inteligente”, completou Luiz Carlos Bohn, presidente da Fecomércio-RS.

Outro aspecto relevante apontado na pesquisa é a é a multiplicidade de formas de pagamento que o cliente encontra para fazer suas compras nos minimercados. O cartão de débito (81,3%) e de crédito (81,0%) apresentam frequências muito próximas a do dinheiro (86,2%), mas chama atenção a manutenção do antigo “caderninho”, presente em 44,2% dos estabelecimentos. “Se anotar no caderninho aumenta o risco de inadimplência em potencial pela falta de garantias, por outro lado representa ainda a presença de relação de confiança que se estabelece nas vizinhanças, ainda que o instrumento seja menos popular do que no passado”, comentou o presidente da Fecomércio-RS.

Com relação à gestão financeira, um aspecto interessante na pesquisa é que 56,4% dos entrevistados afirma que prioritariamente utiliza capital próprio para financiar os negócios. Isso explica em grande parte porque um número expressivo de respondentes afirma que o negócio não apresenta endividamento.