Resultados denotam queda nas famílias endividadas e no percentual de contas em atraso
A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência dos Consumidores Gaúchos (PEIC-RS), da CNC, registrou um percentual de famílias endividadas de 91,9%. Na edição de outubro de 2021 esse percentual era de 84,2% e em setembro de 2022 de 94,1%. A Fecomércio-RS divulgou os resultados da pesquisa em 24 de novembro.
O resultado de outubro marcou a segunda queda consecutiva na margem. Entre as famílias com renda inferior a 10 salários mínimos (s.m.) o percentual de endividados permaneceu estável variando de 94,5% em setembro de 2022 para 92,4% em outubro de 2022. Já entre as famílias de renda mais alta, o percentual passou de 92,5% em setembro de 2022 para 89,6% em outubro de 2022. O percentual de famílias que se avalia como muito endividado passou de 17,7% em setembro de 2022 para 17,5% em outubro de 2022. Contudo a parcela da renda comprometida com dividas saltou de 21,9% para 24,9%. O cartão de crédito segue como sendo o tipo de endividamento mais comum entre as famílias.
Nas contas em atraso, o resultado de 36,8% representou a terceira queda consecutiva na margem (em setembro de 2022 era 37,8%), mas o percentual segue muito mais alto do que no mesmo período de 2021 (em outubro de 2021 era 24,2%). Nas famílias de menor renda, na comparação interanual houve aumento de 29,1% para 43,6%. Já na comparação com o mês anterior houve recuo de 44,8% para 43,6%. No caso das famílias de maior renda, o resultado saltou de 6,4% em outubro de 2021 para 9,4% em outubro de 2022. O tempo de atraso foi, em média, de 41,5 dias, apresentando alta na margem.
As recentes reduções nos percentuais de endividados e de famílias com contas em atraso, coincidem com a melhora do mercado de trabalho, bem como com as transferências de renda realizadas nos últimos meses, bem como a recente melhora no quadro inflacionário. “O crédito sempre foi e sempre será uma ferramenta importantíssima de acesso a consumo. Por isso, tomar crédito de forma sustentável é fundamental para toda a dinâmica da economia, em especial para aquelas atividades que dependem do consumo das famílias”, completou Luiz Carlos Bohn, presidente da Fecomércio-RS. Ainda de acordo a pesquisa, não terão condições de pagar nenhuma das suas dívidas em atraso permanecem em níveis historicamente baixos – 2,3% do total de entrevistados (3,3% dos casos nas famílias que ganham atém 10 s.m., enquanto entre as com renda superior a 10 s.m. foi de 0,0%).
Confira pesquisa completa aqui.