Em novembro, o estoque total de crédito do sistema financeiro nacional (incluindo recursos livres e direcionados) teve variação de 2% frente a outubro, e registrou avanço de 15,6% em relação a novembro de 2019. Com isso, o saldo totaliza R$ 4,0 trilhões, conforme divulgado pelo Banco Central. Como proporção do PIB, o montante total de crédito atingiu 53,1%. Na região Sul, para operações iguais ou superiores a R$ 1 mil, o saldo total de crédito em julho foi de R$ 778,1 bilhões, com variação de 2,5% frente ao mês anterior e crescimento de 19,0% na comparação interanual.
As concessões de crédito livre tiveram alta de 1,4% em novembro na comparação com outubro, na série com ajuste sazonal. Em relação a novembro de 2019, as concessões com recursos livres tiveram alta de 3,9%, com avanço de 6,6% para pessoas físicas e de 0,8% para pessoa jurídica. No acumulado em 12 meses, em relação ao ano passado, as concessões cresceram 3,8%, resultado da alta de 8,2% para pessoa jurídica, uma vez que para a pessoa física o resultado é praticamente de estabilidade (-0,1%).
A taxa média de juros para as operações de crédito com recursos livres teve variação de -0,1 ponto percentual (p.p.). em novembro, registrando 26,3% ao ano, com queda de 0,6 p.p. na taxa às famílias, que atingiu 38,1%, e de variação de 0,2 p.p. na taxa às empresas, que marcou 12,2%. A inadimplência superior a 90 dias, também para as operações com recursos livres, foi menor do que a do mês anterior ao registrar 3%, com a inadimplência das famílias em 4,3% e das empresas em 1,5%.
Os novos empréstimos com recursos livres para as famílias, embora ainda fiquem no acumulado do ano 2% abaixo do volume emprestado do mesmo período de 2019, seguem em recuperação. Com a sétima alta consecutiva na margem das concessões de crédito livre, tem destaque a trajetória das modalidades de cartão de crédito e aquisição de veículos. No que diz respeito ao crédito direcionado às famílias, por sua vez, em um ambiente de juros muito baixos, merece atenção a forte expansão nos financiamentos imobiliários, que registram alta de 25,4% no acumulado de 2020.