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Pesquisa da Fecomércio-RS aponta para novo recorde de famílias endividadas

21 de fevereiro de 2022

Duas pessoas analisando as finanças

Os resultados da PEIC de janeiro ressaltam maiores dificuldades das famílias de renda menor para manter as contas em dia

A primeira edição de 2022 da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência dos Consumidores Gaúchos (PEIC-RS) trouxe um novo recorde para o percentual de famílias endividadas. Divulgada pela Fecomércio-RS nesta segunda-feira, dia 12, a PEIC-RS registrou em 91,9% o percentual de famílias endividadas do Rio Grande do Sul. O resultado superou o recorde anteriormente estabelecido no mês de dezembro (88,7%). O percentual de famílias que se considera muito endividada também teve aumento na passagem do mês: em dezembro esse percentual era de 20,9% e em janeiro marcou 23,3%, o maior resultado desde outubro de 2017.

Houve aumento também no indicador de famílias com contas em atraso. Em janeiro, o indicador registrou 29,0% e atingiu o maior percentual desde outubro de 2020. Em dezembro passado o percentual foi de 26,8% e em janeiro de 2021 de 25,8%. Os dados demonstram que a alta tem sido mais influenciada pelas famílias que recebem menos de dez salários mínimos de renda mensal. Para essas famílias, se comparado com o mesmo período do ano anterior, o percentual vai de 28,9% (janeiro de 2021) para 34,9% em (janeiro de 2022). No caso das famílias que recebem mais de de renda mensal o movimento é oposto, tendo o percentual ido de 14,7% (janeiro de dez salários mínimos 2021) para 6,5% em (janeiro de 2022).

Apesar da alta do endividamento e também das famílias com contas em atraso, o indicador de famílias que afirma não ter condições de quitar suas dívidas atrasadas dentro dos próximos 30 dias atingiu nova mínima da série histórica, indicando o grande empenho e esforço das famílias em pagar suas dívidas. Ao registrar 2,1% o resultado refletiu uma redução na margem para as famílias de menor renda de 3,5% para 3,2%, ao passo que para as famílias que ganham mais de dez salários mínimos houve estabilidade em 0,0%, com nenhuma resposta deste agrupo apontando a condição de inadimplência persistente.

“A PEIC tem nos mostrado a importância do crédito para a manutenção da capacidade de pagamento e consumo das famílias diante dos desafios impostos por orçamentos comprimidos pela inflação, renda estagnada e juros em elevação. Apesar do grande esforço para manter as contas em dia, os resultados têm apontando para um número crescente de famílias com dificuldades, reforçando o alerta sobre a trajetória da inadimplência nos próximos meses diante do cenário atual”, comentou o presidente da Fecomércio-RS, Luiz Carlos Bohn.

Acesse aqui a Análise Completa da PEIC.