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Estoque de crédito em expansão e inadimplência estável

29 de dezembro de 2021

Em novembro de 2021, o estoque total de crédito do sistema financeiro nacional (incluindo recursos livres e direcionados) teve aumento de 1,8% em relação ao mês anterior. Já na comparação com novembro de 2020 houve avanço de 15,6%. Com isso, o saldo totalizou R$ 4,6 trilhões, conforme divulgado pelo Banco Central. Como proporção do PIB, o montante total de crédito atingiu 53,2%.

As concessões de crédito livre tiveram variação de 0,4% em novembro na comparação com outubro, na série com ajuste sazonal, enquanto novos empréstimos com recursos direcionados tiveram variação de -4,4%. Em relação a novembro de 2020, as concessões com recursos livres tiveram aumento de 21,7%, com aumento de 33,5% para empresas e variação de 11,8% para famílias. No acumulado em 12 meses, as concessões tiveram aumento de 16,8%, com alta de 16% para pessoa jurídica, e variação de 17,6% para pessoa física. A taxa média de juros para as operações de crédito com recursos livres teve variação de 1,5 ponto percentual (p.p.) em novembro, registrando 34,1% ao ano, com alta de 1,5 p.p. na taxa às empresas (20,3%) e de 1,4 p.p. na taxa às famílias em 45,2%.

O saldo de crédito total do Sistema Financeiro Nacional segue em expansão, com maior sustentação do crédito livre, que perfaz 59,2% do saldo total de crédito (40,8% corresponde, portanto, ao crédito direcionado). As taxas de juros no crédito livre, mês a mês, refletem as altas da Selic, com juros mais altos em 7,7 p.p. que o mesmo mês do ano passado (+8,2 p.p. no caso das empresas e +6,8 p.p. no caso das famílias). Apesar da alta, os indicadores de inadimplência seguem estáveis em 2,3% ao ano, sendo 3,1% para operações com crédito livre e 2,3% no caso dos recursos direcionados.