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Serviços registram segunda queda consecutiva

16 de dezembro de 2021

Em outubro, conforme a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), do IBGE, o volume de serviços prestados no Brasil voltou a apresentar queda na margem. Aos 91,8 pontos, o resultado representou uma queda de 1,2% no mês, depois de já ter registrado queda em setembro. A queda foi generalizada: 23 das 27 unidades da federação apresentaram redução na margem, e 4 das 5 atividades monitoradas apresentaram recuo. A única atividade que apresentou crescimento na comparação com setembro (com ajuste sazonal), foi a atividade de “serviços prestados às famílias”, que ainda se encontra 13,6% abaixo do nível pré-pandemia. Quando se observa o resultado estadual, o Rio Grande do Sul também registrou recuo ao variar -4,0% frente ao mês anterior, registrando 84,3 pontos. Esta também foi a segunda queda seguida. A pesquisa investiga estabelecimentos que tenham, no mínimo, 20 pessoas ocupadas e que possuam a maior parcela de sua renda oriunda da atividade de serviços.

Quando comparado ao mês de outubro de 2020, o Brasil teve alta de 7,5% e o Rio Grande do Sul de 11,5%. As altas significativas refletem a base de comparação muito deprimida. Esta foi a oitava taxa positiva consecutiva tanto no âmbito nacional quanto no regional. Com esse avanço interanual, o acumulado em 12 meses avançou 8,2% no caso brasileiro. No RS, houve crescimento de 8,5%. Com esses resultados, o setor de serviços segue 2,1% acima do patamar de fevereiro de 2020 (pré-pandemia) no caso nacional. Para o RS o nível segue 0,8% abaixo do pré-crise.

No caso gaúcho, a alta de 11,5% na comparação interanual foi verificada a partir do aumento em quatro das cinco atividades pesquisadas: Serviços prestados às Famílias (33,2%), Transportes e serviços auxiliares a transportes e correios (16,2%), Serviços profissionais, administrativos e complementares (15,8%), e Serviços de informação e comunicação (3,7%). A atividade de Outros Serviços variou -11,6%. No país, a alta de 7,5% foi derivada de Serviços prestados às famílias, que cresceram 26,4%; Transportes e serviços auxiliares a transportes e correios registraram alta de 9,9%, Serviços de informação aumentaram 6,5% e Serviços profissionais, administrativos e complementares cresceram 4,7%. Já a categoria Outros Serviços foi a única a apresentar recuo, ao variar -6,1%,

Os dados do mês de outubro repercutem a soma de três impactos: a perda de ritmo de outros setores (comércio e indústria), que afetam a dinâmica dos serviços; a inflação no setor que diminui a capacidade de consumo dos agentes econômicos, mas também o processo de flexibilização. Se não fosse o avançar dos serviços prestados às famílias, o resultado seria anda pior na comparação com setembro.