Conforme a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), do IBGE, a taxa de desocupação média brasileira foi de 12,6% no trimestre encerrado em set/2021, o que corresponde a 13,75 milhões de brasileiros desocupados. Desta forma, houve queda na taxa de desocupação, tanto em relação ao trimestre anterior encerrado em jun/21 (14,2%) quanto em relação ao mesmo período de 2020 (14,9%).
Relativamente ao período encerrado em set/20, a queda da desocupação ocorreu em função do aumento em maior magnitude da população ocupada (11,4%) em relação à elevação da população economicamente ativa (força de trabalho), que teve alta de 8,6%.
O rendimento médio das pessoas ocupadas foi de R$ 2.459 no trimestre encerrado em set de 2021, configurando uma queda de 11,1% em relação ao valor do mesmo período do ano passado (R$ 2.766). A massa de rendimento real foi considerada estável frente a set/20, em função da queda de 0,7% não ter sido considerada estatisticamente significativa.
Os dados da Pnad Contínua continuam mostrando a recuperação em curso da do mercado de trabalho, com aumento sustentado da ocupação (atualmente 1,8% abaixo do trimestre encerrado em fevereiro 2020 – pré-pandemia). Com a retirada das restrições em função do avanço da vacinação, as ocupações informais¹ seguem em retomada, de forma que a taxa de informalidade da população ocupada atingiu 40,6%, depois de ter chegado a registrar 36,5% no segundo trimestre de 2020. Com avanço das ocupações com remunerações menores, o rendimento real médio cai, também refletindo o efeito inflacionário – cujo impacto fica ainda mais evidente ao considerar a estagnação da massa real de salário, que à despeito do aumento da ocupação total, não avança.
¹O IBGE considera como informal: Empregado no setor privado sem carteira de trabalho assinada; Empregado doméstico sem carteira de trabalho assinada; Empregador sem registro no CNPJ; Trabalhador por conta própria sem registro no CNPJ; Trabalhador familiar auxiliar.
