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Juros maiores no mercado de crédito

26 de novembro de 2021

Em outubro de 2021, o estoque total de crédito do sistema financeiro nacional (incluindo recursos livres e direcionados) teve aumento de 1,5% em relação ao mês anterior. Já na comparação com outubro de 2020 houve avanço de 16,0%, igualando a taxa verificada no mês anterior. Com isso, o saldo totalizou R$ 4,5 trilhões, conforme divulgado pelo Banco Central. Como proporção do PIB, o montante total de crédito atingiu 53,2%.

As concessões de crédito livre tiveram variação de 1,8% em outubro na comparação com setembro, na série com ajuste sazonal, enquanto novos empréstimos com recursos direcionados tiveram variação de -3,6%. Em relação a outubro de 2020, as concessões com recursos livres tiveram aumento de 25,1%, com aumento de 37,7% para empresas e variação de 14,9% para famílias. No acumulado em 12 meses, as concessões tiveram aumento de 15,4%, com alta de 13,5% para pessoa jurídica, e variação de 17,2% para pessoa física. A taxa média de juros para as operações de crédito com recursos livres teve variação de 2,2 p.p. em outubro, registrando 32,8% a.a., com alta de 2,0 p.p. na taxa às empresas (19,1%) e de 2,2 p.p. na taxa às famílias em 43,8%.

O aumento da taxa básica de juros, além de elevar o custo de captação, também impulsionou os spreads, o que ajudou a explicar a dinâmica dos juros no mercado nacional. O aumento da Selic impacta na expectativa de que a economia desacelerando potencialize a inadimplência. Por enquanto, a inadimplência superior a 90 dias, também para as operações com recursos livres, segue sob controle, registrando 1,6% para as empresas e 4,3% para as famílias.