Os presentes de Natal, principal data comemorativa para o comércio, devem ser, em parte, adquiridos já na Black Friday
A Pesquisa de Final de Ano da Fecomércio-RS revelou que 51,8% das pessoas abordadas pretendem adquirir presentes de Natal em 2021. Desses, 44,9% devem aproveitar a Black Friday para realizar compras com essa finalidade. “A Black Friday vem se consolidando como uma data relevante para o comércio varejista. Cada vez fica mais claro que não teremos no futuro as “vendas de Natal”, mas sim as “vendas de fim de ano” em que novembro e dezembro repartirão de forma mais igualitária a importância na geração de receita para o varejo”, comenta Luiz Carlos Bohn, presidente da Fecomércio-RS. Entre os que disseram que vão realizar algum tipo de compra na Black Friday, 52,0% indicou que quanto maior o investimento nessa data, menor é o gasto no Natal.
Realizada em cinco cidades gaúchas (Porto Alegre, Caxias do Sul, Pelotas, Santa Maria e Ijuí), foram entrevistadas 385 pessoas que pretendiam comprar presentes de Natal. A ideia é conhecer o gasto médio, o número e o tipo de presentes adquiridos, bem como o local de compra e a temporalidade do consumo.
A pesquisa também mostrou que em 2021 o gasto médio deverá ser de R$ 569,27, com a classe alta gastando, em média, R$ 984,20. A classe média deverá dispender R$ 468,72, enquanto a classe baixa terá um gasto em torno de R$ 268,17. Em média, os entrevistados apontaram que deverão gastar em presentes de Natal menos do que em 2020. Entre os entrevistados, 48,1% disseram que irão gastar menos ou muito menos do que no ano passado, enquanto 27,2% das pessoas pretende gastar mais ou muito mais. Entre os entrevistados, 24,7% deve gastar o mesmo que no Natal do ano passado.
A estimativa da Fecomércio-RS é que o presente médio se eleve em relação ao ano passado, mas o total do gasto no comércio repita os valores nominais de 2020, em virtude, especialmente, da renda real reduzida das pessoas de mais baixa renda. “Obviamente, o controle da pandemia dá uma injeção de ânimo ao comércio, mas a capacidade de compra das pessoas em geral tem sido muito afetada pela inflação. As famílias de menor renda foram as mais afetadas pela crise e a evolução recente dos preços penaliza esse grupo ainda mais, enquanto no caso das famílias mais ricas a pandemia representou aumento da poupança. Assim, dependendo de quem é o público do lojista, as vendas de Natal podem surpreender positiva ou negativamente”, completou Bohn. A estimativa é que deverão ser comprados 3,9 presentes, com um valor médio de R$ 148,02. Na escolha do presente, o preço é fator determinante para 71,7% dos entrevistados.
Os presentes mais procurados devem ser itens de vestuário (55,6%), brinquedos (42,1%) e calçados (8,6%), que deverão ser comprados especialmente nas lojas do centro das cidades (68,3%), shoppings (16,6%) e na internet (10,1%). Entre os entrevistados, 35,1% afirmaram ser influenciados por redes sociais no momento de consumir. “Os comerciantes precisam entender que a presença digital é fundamental. A cada dia que passa mais as pessoas são influenciadas pelas redes sociais na hora de consumir”, comentou Bohn.
Black Friday
Entre os que responderam que comprarão presente de Natal e, portanto, compuseram a pesquisa de perfil de consumo, 46,5% dos entrevistados referiram que realizarão compras na Black Friday. Eletrodomésticos são o tipo de produto mais indicado para a compra na data (36,9%), seguido por vestuário (21,8%) e eletroeletrônicos (17,9%). Já o local de compra mais indicado são as lojas de centro (69,8%), seguido pela internet (19,6%). A pesquisa de preço antes de fechar a compra é a estratégia mais indicada para compra na data (46,9%) e acompanhar preços com antecedência vem em seguida (37,4%). Apesar da quantidade de pessoas que compram na Black Friday ser um número menor de pessoas de no Natal, chama a atenção os valores mais expressivos de intenção de gastos na Black Friday.
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