Newsletter

PIB vem forte no II trimestre de 2022

1 de setembro de 2022

Produto Interno Bruto (PIB)
Taxa de crescimento do acumulado em 4 trimestres (%)

Fonte: IBGE
Elaboração: Assessoria Econômica/Fecomércio-RS

No segundo trimestre de 2022, conforme o IBGE, o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil apresentou variação de 1,2% em relação ao trimestre anterior, na série sazonalmente ajustada. Esse crescimento foi o quarto consecutivo nesta comparação. O aumento foi resultado de uma alta de 2,2% na indústria, de 0,5% na agropecuária e de 1,3% nos serviços. Comparativamente ao segundo trimestre de 2021, o PIB registrou aumento de 3,2%. No acumulado em quatro trimestres ante os quatro trimestres imediatamente anteriores, o PIB brasileiro apresentou aumento de 2,6%.

Sob a ótica da produção, o aumento nos Serviços (4,5%) refletiu as altas do Comércio (1,3%), nos Transportes (11,7%) e em outras atividades de serviços (13,6%). O aumento da atividade está profundamente ligado à retomada da mobilidade das pessoas, com forte aumento das atividades presenciais. A Indústria registrou crescimento de 1,9% frente ao segundo trimestre de 2021. A alta teve influência do aumento de 10,8% em Eletricidade e Gás, Água, Esgoto, Atividades de Gestão de Resíduos, de 9,9% na Construção Civil. A Indústria de Transformação cresceu 0,5% e a Indústria Extrativa teve retração de 4,4%. Na Agropecuária houve recuo de 2,5%. O desempenho negativo da Agropecuária foi concentrado em algumas culturas como a soja (-12,0%) e o arroz (-8,5%) que tiveram queda de produtividade. Já a pecuária bovina teve influência positiva no setor.

Pela ótica da demanda, comparativamente ao mesmo trimestre de 2021, o consumo das famílias teve alta de 5,3%, enquanto o consumo do Governo variou 0,7%. A retomada do consumo se evidencia na melhora recente do mercado de trabalho. A formação bruta de capital fixo (que mede a parcela de produto utilizada para realizar investimentos) avançou 1,5%. No setor externo, as Exportações de Bens e Serviços apresentaram queda de 4,8%, enquanto as Importações de Bens e Serviços recuaram 1,1% no primeiro trimestre de 2022.

Já existia uma expectativa de crescimento para a economia brasileira no II trimestre de 2022, mas a expansão veio maior do que o esperado. Anualizada, a taxa de crescimento foi de 4,89%. Entre as razões que explicam essa dinâmica, destaque para normalização da atividade com maior mobilidade das pessoas, a grande ativação do mercado de trabalho e, obviamente, os estímulos fiscais. Para o III trimestre, a expectativa também é positiva. Houve vários impulsos fiscais no campo tributário e no campo das transferências de renda. Já para o IV trimestre, a expectativa é de retração, resultado da maturação das taxas de juros mais altas e ausência de novos estímulos fiscais.