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Serviços apresentam queda em janeiro no RS

21 de março de 2022

Em janeiro, conforme a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), do IBGE, o volume de serviços prestados no Brasil apresentou relativa estabilidade ao variar -0,1% na série com ajuste sazonal. Na comparação com o mesmo período do ano anterior, o aumento de 9,5% deu sequência uma série de 11 altas ininterruptas. Dessa forma, o setor registra aumento de 12,2% no acumulado em 12 meses. Na comparação com o período pré-pandemia, o volume de vendas se encontra 7,0% acima do valor de fev/20, entretanto, algumas atividades não recuperaram totalmente as perdas.

No caso do Rio Grande do Sul, houve um recuou de 1,1% do volume de vendas do setor na comparação com o mês imediatamente anterior na série que contempla o ajuste. Em relação a jan/21, foi verificado crescimento de 11,3%. A alta interanual foi verificada nas cinco atividades pesquisadas: Serviços prestados às Famílias (23,2%), Transportes e serviços auxiliares a transportes e correios (21,6%), e Outros Serviços 8,3%. A atividade de Serviços profissionais, administrativos e complementares apresentaram alta de 4,5%, Serviços de informação e comunicação variaram 3,5%. No país, nessa base de comparação, as principais variações positivas vieram de Serviços prestados às Famílias (19,4%) e de Transportes e serviços auxiliares a transportes e correios (15,2%). Na comparação com o período pré-pandemia, a atividade está, em nível, só 1,9% maior.

Por fim, o IATUR (índice de atividades turísticas) cresceu 1,1% na comparação a dezembro no país, mas permanece 9,7% abaixo do nível pré-pandemia. No Rio Grande do Sul, a alta foi de 1,3% na comparação com o mês imediatamente anterior, sendo a terceira maior contribuição na alta registrada pelo setor no país. Na comparação com o mesmo período do ano passado, o IATUR registrou alta de 29,1%, décima taxa de crescimento positiva seguida.  No RS, a alta foi de 40,8%.

Analisando os dados, podemos dizer que, apesar de muito melhor do que no mesmo período do ano passado, os dados de janeiro mostram que a recuperação perde força. É importante, todavia, destacar, que o mês de janeiro refletiu o impacto da variante ômicron sobre a atividade. No mês, houve uma alta significativa de casos de covid-19, o que levou a mudanças de comportamento, em especial das famílias, apesar de não se observar mudanças significativas na legislação quanto às atividades econômicas. Também, obviamente, a conjuntura reflete os impactos da inflação alta que pressiona orçamentos de pessoas e empresas.