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Junho tem expansão no saldo de crédito

29 de julho de 2021

Em junho de 2021, o estoque total de crédito do sistema financeiro nacional (incluindo recursos livres e direcionados) teve aumento de 0,9% em relação ao mês anterior. Já na comparação com junho de 2020 houve avanço de 16,3%. Com isso, o saldo totalizou R$ 4,2 trilhões, conforme divulgado pelo Banco Central. Como proporção do PIB, o montante total de crédito atingiu 52,6%.

As concessões de crédito livre tiveram variação de 2,3% em junho na comparação com maio, na série com ajuste sazonal, enquanto novos empréstimos com recursos direcionados tiveram queda de 3,0%. Em relação a junho de 2020, as concessões com recursos livres tiveram aumento de 32,6%, com aumento de 31,3% para empresas e variação de 33,9% para famílias. No acumulado em 12 meses, as concessões tiveram aumento de 5,0%, com alta de 1,6% para pessoa jurídica, e variação de 8,2% para pessoa física.

A taxa média de juros para as operações de crédito com recursos livres teve variação de -0,1 p.p. em junho, registrando 28,3% a.a., com relativa estabilidade na taxa às empresas e às famílias, que marcaram 14,5% e 39,9%, respectivamente. A inadimplência superior a 90 dias, também para as operações com recursos livres, ficou estável em relação ao mês anterior ao registrar 3,0%, com a inadimplência das famílias em 4,1% e das empresas em 1,6%.

Os dados de junho mostram que o saldo de crédito do Sistema Financeiro Nacional segue expandindo. Nas novas operações, a alta vem puxada pelas concessões de recursos livres, com destaque às famílias, enquanto os empréstimos com recursos direcionados encolhem, conforme era esperado pela não manutenção dos aportes do governo para programas emergenciais. Cabe notar, no entanto, que o elevado endividamento das famílias combinado com o aumento esperado dos juros pela alta em curso da Selic podem ser empecilhos ao avanço maior do crédito; por hora, no entanto, os dados mostram que a inadimplência segue comportada.