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Pesquisa Mensal de Serviços apresenta nova queda no RS

10 de março de 2021

O IBGE divulgou os resultados de janeiro da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS). Os dados da série com ajuste sazonal apontaram variação de 0,6% no volume de serviços prestados no país ante dezembro – para o Rio Grande do Sul (RS) a variação foi de -1,5%. Isso significa dizer que o setor de serviços gaúcho tem tido mais dificuldade do que na média dos estados brasileiros. A pesquisa investiga estabelecimentos que tenham, no mínimo, 20 pessoas ocupadas e que possuam a maior parcela de sua renda oriunda da atividade de serviços.

Quando comparado ao mês de janeiro de 2020, o Brasil teve queda de 4,8% no volume de serviços, ao passo que no estado houve baixa de 9,2%. Dessa forma, o acumulado em 12 meses teve variação de -8,3% no país, ao passo que para o RS a variação foi de -13,1%, que representou o pior resultado desde o início da série histórica.

No caso gaúcho, a queda de 9,2% na comparação interanual foi reflexo da queda em quatro das cinco atividades pesquisadas: Serviços prestados às famílias (-24,7%); Serviços profissionais, administrativos e complementares (-16,1%); Transportes e serviços auxiliares a transportes e correios (-9,0%); Outros Serviços (-17,8%). Apenas os Serviços de informação e comunicação (+2,0%) tiveram aumento. No país, a baixa de 4,8% foi influenciada por Serviços prestados às famílias (-27,6%), Serviços profissionais, administrativos e complementares (-6,8%) Transportes e serviços auxiliares a transportes e correios (-4,0%) e Outros Serviços (-2,2%). Por outro lado, Serviços de informação cresceram 1,7%.

O setor de Serviços tem sido o setor mais atingido pela crise econômica desencadeada pelo coronavírus. Com o crescimento de dezembro, o setor permanece ainda 3,0% abaixo do nível pré-pandemia no país. No caso gaúcho, a situação é muito mais crítica. O indicador permanece 9,64% abaixo do período pré-pandemia (fev/20). Em ambos os casos, os serviços voltados às famílias são os mais afetados. O indicador ligado às atividades turísticas mostra que o segmento foi fortemente afetado com queda de 29,7% na comparação com o mesmo período de 2020 no caso do RS e de 22,1% no caso brasileiro.