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Crédito continuou se expandindo em outubro

30 de novembro de 2020

Em outubro, o estoque total de crédito do sistema financeiro nacional (incluindo recursos livres e direcionados) teve variação de 1,4% frente a setembro, e registrou avanço de 14,5% em relação a outubro de 2019, numa aceleração em relação ao verificado no mês anterior nessa base de comparação. Com isso, o saldo totaliza R$ 3,9 trilhões, conforme divulgado pelo Banco Central. Como proporção do PIB, o montante total de crédito atingiu 53,4%. Na região Sul, para operações iguais ou superiores a R$ 1 mil, o saldo total de crédito em julho foi de R$ 758,6 bilhões, com variação de 1,6% frente ao mês anterior e crescimento de 17,5% na comparação interanual.

As concessões de crédito livre tiveram alta de 2,6% em outubro na comparação com setembro, na série com ajuste sazonal. Em relação a outubro de 2019, as concessões com recursos livres tiveram queda de 2,5%, com variação de -0,8% para pessoas físicas e de -4,4% para pessoa jurídica. No acumulado em 12 meses, em relação ao ano passado, as concessões cresceram 4,5%, resultado da alta de 9,7% para pessoa jurídica uma vez que para a pessoa física o resultado é praticamente de estabilidade (-0,1%).

A taxa média de juros para as operações de crédito com recursos livres teve variação de 0,7 ponto percentual (p.p.) em outubro, registrando 26,5% ao ano. O resultado teve influência dos aumentos de 0,9 p.p. na taxa às famílias, que atingiu 38,9%, e de 0,5 p.p. na taxa às empresas, que marcou 12,0%. A inadimplência superior a 90 dias, também para as operações com recursos livres, foi menor do que a do mês anterior ao registrar 3,1%, com a inadimplência das famílias em 4,5% e das empresas em 1,5%.

O estoque de crédito na economia brasileira aumentou fortemente em 2020 alimentado especialmente pelas políticas de combate aos efeitos da pandemia sobre os negócios. O estoque de crédito das pessoas jurídicas cresceu impulsionado tanto pelo crédito livre (25,2%) quanto ao crédito direcionado (15,2%). Já o movimento do saldo de crédito para pessoas físicas foi justamente o contrário, apresentou uma desaceleração em relação ao ano passado.