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Uma taxa de desocupação de dois dígitos

27 de novembro de 2020

Conforme a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Trimestral (PNAD Contínua Trimestral), do IBGE, a taxa de desocupação média do Rio Grande do Sul foi de 10,3% no terceiro trimestre de 2020 (julho a setembro), com elevação em relação ao trimestre anterior (9,4%), embora esse não tenha sido um resultado com significância estatística. No comparativo com o mesmo período de 2019, em que a taxa de desocupação registrou 8,8%, foi verificado aumento de acordo com o IBGE.

A taxa de desocupação no Rio Grande do Sul foi a quarta mais baixa do país, ficando atrás de Santa Catarina (6,6%), Mato Grosso (9,9%) e Paraná (10,2%). A posição de maior desocupação permanece sendo a Bahia, com taxa de desocupação de 20,7%. No que se refere aos componentes da taxa de desocupação, entre julho e setembro frente ao mesmo período de 2019, o contingente de ocupados no RS teve variação de -10,7%, enquanto que força de trabalho disponível encolheu em 9,2%, o que provocou o aumento da desocupação. O número de pessoas fora da força de trabalho saltou de 3,44 milhões no mesmo trimestre de 2019 para 4,11 milhões, uma elevação de 664 mil pessoas (19,3%).

O rendimento médio das pessoas ocupadas foi de R$ 2.807,00, no terceiro trimestre de 2020, e teve variação de 5,8% frente ao trimestre anterior (R$ 2.654,00) e de 7,2% em relação ao terceiro trimestre de 2019. A massa de rendimento real atingiu o montante de R$ 13,5 bilhões, o que representou uma variação de -4,6% frente ao mesmo período do ano anterior que, conforme o IBGE, não foi um resultado estatisticamente significante.

Os resultados do terceiro trimestre não geraram surpresa. Especialmente no início desse período ainda convivíamos com uma série de restrições que limitavam um processo mais rápido de geração de empregos a ponto da ocupação se reduzir frente ao trimestre imediatamente anterior. Para o futuro próximo podemos esperar que, à medida que a economia persista em processo de recuperação, o que favorece a geração de ocupações, e houver o fim do auxílio emergencial, deveremos observar um aumento da desocupação, resultado direto de um maior número de pessoas buscando ocupação.