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Taxa de desemprego atinge 14,6% no trimestre encerrado em setembro

27 de novembro de 2020

Conforme a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), do IBGE, a taxa de desocupação média brasileira foi de 14,6% no trimestre encerrado em setembro de 2020, o maior resultado já registrado desde o início da série histórica em março de 2012. Dessa forma, a taxa avançou ante o trimestre móvel anterior (14,4%) e o trimestre do mesmo período do ano anterior (11,8%)

Relativamente ao mesmo período do ano anterior, a população ocupada encolheu 12,1% (-11,3 milhões), e a população da força de trabalho disponível se retraiu em 9,2% (-9,8 milhões). Dessa forma, com uma queda maior na população ocupada do que na força de trabalho, a desocupação avançou de 11,8% para 14,6% em um ano.

O rendimento médio das pessoas ocupadas foi de R$ 2.554,00 no período de julho a setembro de 2020, com aumento de 8,3% em relação à remuneração do mesmo trimestre do ano anterior. Na mesma base de comparação, a massa real de salários teve contração de 4,9%. Dessa forma, o aumento do rendimento médio reflete a diminuição da população ocupada em maior intensidade do que o encolhimento da massa de salários real, indicando que a perda de ocupações foi mais concentrada em trabalhadores com rendimentos médios mais baixos.

Tanto a recuperação econômica quanto o fim do auxílio emergencial devem impulsionar o aumento da taxa de desocupação, resultado de um maior número de pessoas buscarem ocupação. O ritmo da economia em 2021 será fundamental para determinar a recuperação que o emprego no país irá apresentar.