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Primeiros efeitos da pandemia mostram redução na Intenção de Consumo das Famílias em abril

15 de maio de 2020

@iStock

A Intenção de Consumo das Famílias (ICF-RS) de abril, divulgada nesta sexta-feira, dia 15, pela Fecomércio-RS, mostrou os primeiros impactos da pandemia sobre intenção de consumir das famílias gaúchas. Embora em relação a abril de 2019 a variação do ICF tenha sido de apenas -0,9%, a queda em relação a março foi de 8,1%, maior retração desde jul/16, deixando o indicador com 91,2 pontos, no campo pessimista.

O resultado na margem refletiu a contração de todos componentes do índice, com exceção do acesso ao crédito, com baixas muito expressivas nos componentes de perspectiva de consumo (-20,8%) e de momento para consumo de bens duráveis (-18,7%), que se aprofundaram no campo pessimista com 77,4 pontos e 67,9 pontos, respectivamente. Também ficou ainda mais pessimista a avaliação quanto ao consumo atual (81,5 pontos), após retração de 8,3%.

“Logo após os primeiros dias das medidas de isolamento social, com as famílias em casa, o nível de consumo caiu. Diante do novo cenário, as perspectivas de quanto consumir nos próximos meses e do que comprar se ajustou ao tamanho da incerteza que foi imposta pela pandemia, resultando em famílias mais cautelosas sobre suas decisões de gastos”, comentou o presidente da Fecomércio-RS, Luiz Carlos Bohn.

Em relação ao mercado de trabalho, as quedas na margem foram menores: em relação à situação da renda (97,2 pontos), houve recuo de 5,4%, enquanto a situação do emprego caiu menos, 3,8% e se manteve em patamar otimista com 109,9 pontos.  “É importante ressaltar que o período de coleta do ICF de abril foi durante os últimos 10 dias de março, ou seja, captou apenas o período inicial da crise. Assim, embora os indicadores de condições de emprego e de renda apontem para efeitos menores, infelizmente o cenário retratado pela pesquisa deve mudar nas próximas divulgações”, finalizou Bohn.

Veja aqui a análise completa do ICF.