Em janeiro, conforme a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada pelo IBGE, o volume de serviços variou 0,6% no país em relação ao mês anterior, na série com ajuste sazonal. Para o Rio Grande do Sul (RS) a variação foi de -1,6% no período. Portanto, a pesquisa não abarca os efeitos da crise do coronavírus sobre a economia brasileira. A pesquisa investiga estabelecimentos que tenham, no mínimo, 20 pessoas ocupadas e que possuam a maior parcela de sua renda oriunda da atividade de serviços.
Frente a janeiro de 2019, houve avanço de 1,7% no Brasil, enquanto no Rio Grande do Sul foi registrada baixa de 3,4%. Assim, no acumulado em 12 meses, o país registrou alta de 1,0% no volume de serviços, enquanto no estado a variação foi de -2,1%.
No caso do Rio Grande do Sul, a queda de 3,4% na comparação com o mesmo mês do ano anterior foi reflexo das baixas em serviços prestados às famílias (-1,9%); serviços de informação e comunicação (-7,5%); e serviços profissionais administrativos e complementares (-5,2%). Por outro lado, outros serviços registrou alta de 0,9% e a atividade de transportes cresceu 0,5%. No país, a alta de 1,7% foi em virtude das 5 atividades já mencionadas. Destaque para os avanços de 1,9% em informação e comunicação e de 10,0% em outros serviços.
Diferentemente do que aconteceu no país, em que os serviços conseguiram registrar alta desde 2018, os serviços no Rio Grande do Sul têm apresentado queda desde 2015. Assim, há cinco anos o setor registra redução frente ao ano anterior e a taxa de queda que vinha se reduzindo, parece, em 12 meses, ter estacionado ao redor de -2,0% ao longo de todo ano de 2019. Os acontecimentos recentes, que levaram à diminuição abrupta e intensa de uma série de atividades produtivas com fins a barrar a proliferação do coronavírus, teve impacto significativo sobre o setor de serviços. A recuperação está condicionada ao tempo das medidas restritivas bem como do comportamento da atividade quando tais barreiras ao isolamento forem restabelecidas.