O presidente da Fecomércio-RS, Luiz Carlos Bohn, percorreu algumas cidades da Região Metropolitana para fazer a sua tradicional visita aos sindicatos empresariais filiados à Federação. Alderico Zanettin, presidente do Sindicato de Gêneros Alimentícios de Canoas, recebeu o presidente logo no início da manhã. Na pauta do encontro, o cenário político e econômico no país e o trabalho em domingos e feriados a partir da Medida Provisória 881, a chamada Lei da Liberdade Econômica. O tema foi eliminado da MP após passar pela votação no Senado Federal, mas, segundo Bohn, ainda permanece um trecho que garante a autorização para o trabalho nesses dias. O pedido da classe empresarial é que o presidente Jair Bolsonaro sancione a Lei como está.
De lá, o presidente Bohn foi até o Sindilojas Canoas, onde foi recebido pelo presidente Denério Neumann. Como integrante da Comissão de Combate à Informalidade da Fecomércio-RS, Neumann se disse preocupado com um item da MP 881 que é a facilitação de alvarás para estabelecimentos de baixo risco, onde as ópticas se incluem. O texto da MP não extingue a fiscalização em cima das empresas, no entanto, elas passarão a ser feitas posteriormente à abertura das portas do estabelecimento. Segundo Neumann, no caso dos serviços ópticos a fiscalização deve ser feita desde o início, pois essa é uma atividade que coloca em risco a saúde do consumidor. Existe uma lei estadual que exige a presença de um técnico em óptica dentro dos estabelecimentos do setor. Com a aprovação da MP, Neumann explicou que terão que haver uma negociações com o legislativo de cada município para que não se corra o risco da Medida sobrepor a Lei Estadual.
Na parte da tarde, o vice-presidente da Fecomércio-RS, Leonardo Ely Schreiner, se juntou à comitiva que foi até o Sindilojas São Leopoldo. Recebidos pelo presidente Walter Seewald, os dirigentes falaram sobre a queda da Contribuição Sindical. O sindicato mantem a postura contrária ao que eles chamam de “imposto determinado pela CLT” (Consolidação das Leis do Trabalho) e defende a Contribuição Negocial, pois acredita que este é o melhor modelo para custeio e sustentação econômica do Sindilojas. Com ela, segundo o executivo do sindicato Régis Feldmann, nada será imposto e sim negociado. Bohn ainda entregou uma placa comemorativa aos 75 anos do sindicato.
Ainda em São Leopoldo, o presidente do Sindicato dos Centros de Remoção e Depósitos de Veículos do Estado do RS (SindCRD), Daniel Miguelito, falou da falta de pagamento às empresas de remoção representadas pelo sindicato por parte do governo. Essas empresas prestam um serviço para o Estado, através do Detran/RS, no recolhimento de veículos provindos de acidentes, roubos e furtos. Mas, há cerca de um ano, os estabelecimentos já somam 80 mil veículos em depósitos de todo o RS sem receber nenhum pagamento. Na tarde desta quarta-feira, o sindicato se reunirá com o Departamento gaúcho para tentar uma solução definitiva para o problema.
O roteiro acabou na cidade de Novo Hamburgo, onde a comitiva foi recebida pelo presidente do Sindilojas, Remi Scheffler. O grupo discutiu sobre formas de cobrar a contribuição assistencial dos associados uma vez que a sindical não é mais cobrada. E um dos caminhos a seguir, segundo Bohn, é fortalecer e ratificar a representatividade do sindicatos frente as empresas do setor. Oferecer serviços que atendam a demanda desses representados e valorizar a negociação coletiva que somente o sindicato patronal pode fazer é o caminho. Schaeffler ainda recebeu uma placa comemorativa aos 70 anos do Sindilojas.