Sondagens de Segmentos realizada pela Fecomércio-RS indica que prática atinge negativamente 47,0% dos estabelecimentos
O atraso no pagamento dos salários do funcionalismo tem impactado de forma negativa na saúde financeira dos minimercados do Rio Grande do Sul. De acordo com o levantamento Sondagens de Segmentos, realizado pela Fecomércio-RS e divulgado nesta quarta-feira (29), a prática foi citada por 47,0% dos proprietários dos estabelecimentos (optantes pelo Simples Nacional) como fator limitante do crescimento de vendas. No entanto, a maioria (58,7%) dos 385 negócios consultados no período de 23 de outubro a 11 de novembro, mantém a expectativa de que os negócios melhorem um pouco nos próximos seis meses. A sondagem pode ser acessada aqui.
Para 51,2% dos empresários, os últimos seis meses foram considerados ‘regular’ para as vendas. Quando questionados sobre a previsão do desempenho da economia para 2018, o maior volume de respostas (43,1%) se concentrou na resposta ‘espera que melhore um pouco’.
A crise política/econômica vivida pelo Brasil nos últimos anos, segundo os representantes dos minimercados, foi o maior entrave para a expansão das vendas, sendo citado por 71,9% dos respondentes, seguido pela carga tributária (49,9%). Apesar da turbulência, 79,7% do total dos estabelecimentos consultados não dispensaram funcionários, medida que acabou sendo tomada por 19,5% dos empresários. A grande maioria dos minimercados gaúchos (82,1%) emprega de uma a cinco pessoas. A pesquisa mostrou que em apenas 39,5% dos casos entrevistados há controle informatizado de estoques e vendas. E a separação das finanças do negócio com a dos donos não ocorre em 16,6% das empresas pesquisadas.
Para ampliar as vendas, 64,7% dos minimercados do Estado possuem canais que possibilitam a entrega a domicílio. Para expandir as vendas, 42,1% dos minimercados realizam continuamente ações para promover produtos específicos – sendo que a estratégia mais utilizada é anunciar no próprio estabelecimento por meio de cartazes (78,6%). No que toca à forma de pagamento, chama a atenção o percentual de lojas que não aceitam cartão de crédito (30,4%). Já as redes sociais como ferramenta de divulgação do negócio e relacionamento com clientes são utilizados por 60,3% dos estabelecimentos.